sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Análise Tática - Brasil 3 x 0 Equador Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia 2018

Ficha Técnica




Local: Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito-EQU
Público: 34.887 pagantes
Data: 1º de Setembro de 2016, terça-feira
Horário: 18h (de Brasília)
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)
Assistentes: Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar (ambos do Paraguai)
Cartões amarelos:  Domínguez, Miller Bolaños, Jefferson Montero e Paredes (Equador); Paulinho (Brasil)
Cartão vermelho: Paredes

GOLS:
BRASIL: Neymar, aos 26 minutos tempo (pênalti) e Gabriel Jesus (2x) aos 41 e aos 46 minutos do segundo tempo.



BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Willian (Phillipe Coutinho), Neymar e Gabriel Jesus.
Técnico: Tite

EQUADOR: Domínguez; Paredes, Mina, Achilier e Ayoví; Noboa e Gruezo; Enner Valencia, Miller Bolaños e Jefferson Montero (Arroyo); Caicedo.
Técnico: Gustavo Quinteros


Os times

Equador

Surpresa como uma das melhores campanhas das eliminatórios, o Equador é um time duro e perigoso que se classificou para as três ultimas copas, e tem como maior arma o fator casa, com um time veloz e perigoso, se aproveitando da altitude, não à toa o Brasil quebrou um tabu de 33 anos (4 jogos) sem  vencer o Equador na sua casa.

Brasil

A seleção canarinho vem de uma crise técnica e tática muito grande após uma péssima gestão do tetracampeão Dunga, sendo eliminado nas duas Copa Américas realizadas em 2015 e 2016 precocemente e com uma campanha perigosa nas eliminatórias, assumindo apenas a sexta colocação. Sem tentar reinventar a roda, Tite assume o time já pressionado e com uma proposta de impor a sua filosofia tática mas com prioridade em conseguir os resultados imediatos para somar pontos na tabela antes de ter um time definido, e isso se caracteriza com vários jogadores convocados já treinados por Tite, como Taison, Giuliano, Renato Augusto, Paulinho e outros. Além da badalada estreia do treinador campeão mundial, o Brasil também contava com a estreia da grande promessa Gabriel Jesus, já contratado pelo Manchester City de Guardiola.

A Tática



O Brasil entrou com um esquema muito bem organizado e simples, um 4-1-4-1 clássico, mantendo os jogadores nas suas características habituais em seus clubes. Neymar e Gabriel Jesus comandavam o ataque com o posicionamento mais habitual em seus clubes, o craque do Barcelona jogou aberto pela esquerda voltando para marcar e afunilando o jogo, trocando de posição constantemente com o artilheiro do Brasileirão que fez um papel tática muito intenso e inteligente, saindo da posição de centro avante quando o Brasil não tinha a bola para fechar a linha de meio campo e trocar de posição com Neymar. Na direita, William tentava cumprir seu papel como meia pela direita caindo muito para o meio.

O "problema" tático da seleção é um time muito jogado para a esquerda, tanto ofensivamente quando defensivamente, já que Jesus e Neymar jogavam pela esquerda e William não se movimentava tanto, talvez sentido a altitude mas também por suas características. Marcelo acabou ficando muito mais liberado, já que contava com apoio de Gabriel Jesus, enquanto Daniel Alves ficava muito preso e sempre dando as contas, apesar de contar com o apoio de Casemiro que em jogo muito bom, cumpria a sua função de terceiro zagueiro, roubando cinco bolas. Renato Augusto e Paulinho davam um ritmo para a seleção no meio campo que inexistia na "Era Duenga", sempre subindo, fazendo com que a seleção jogasse bem sem precisar do clássico Camisa 10 que o Brasil tanto busca e não necessita. Na zaga, Miranda e Marquinhos estavam muito sólidos, controlando bem as subidas rápidas do Equador, em especial de Montero que subia pelas costas de Daniel Alves, deixando Alisson tranquilo no jogo, o goleiro só foi forçado a fazer uma defesa complicada.

O Jogo

O Equador começou tentando impor pressão no Brasil, usando a velocidade Montero para cair pelas costas de Daniel Alves, dando trabalho aos zagueiros do Brasil que precisaram logo intervir, com Miranda fazendo um desarme providencial na pequena área. Com o tempo, o Brasil foi equilibrando os fatores, não conseguia produzir muito ofensivamente por conta de muitos passes errados e fadiga pela altitude, além de falta de entrosamento, mas a movimentação do Brasil era muito boa, com Jesus saindo de centro avante para cobrir toda a faixa esquerda do campo, a saída de bola do Brasil também era muito efetiva, em especial com Marquinhos. O Brasil chegou pouco a frente no primeiro tempo, sem acelerar muito, finalizou mais que o time equatoriano mas trouxe menos perigo. Paulinho e Renato Augusto deram bom ritmo ao meio campo, seguindo assim até o fim do jogo, Casemiro errava passes, mas já fazia bem sua função atrás da linha de meio campistas e a frente da zaga.

O melhor futebol ficou para o segundo tempo, o Brasil chegou mais inteiro e foi o Equador que começou a se afetar pela altitude, a canarinho mantinha a bola no campo de ataque e ditava totalmente o ritmo de jogo, muita pressão alta, o Equador não consegui sair com a bola do meio campo, fazendo com que o gol brasileiro fosse questão de tempo. O ataque engrenou quando William, que fazia partida discreta e isolada pela meia-direita foi substituído por Coutinho, mais um jogador que atua pela esquerda, e entrou incendiando o jogo, trocando passes e dando um ritmo mais intenso ao ataque brasileiro, o jogo do Brasil acabou se limitando ao lado esquerdo, com Marcelo subindo mais e Paulinho subindo pela meia direita para "tampar buraco", dando mais opção ofensiva. Neymar passou a jogar mais lateralizado, tendo muitas opções de passe. Com o tempo, o Brasil foi chegando mais na grande área equatoriana, até que Gabriel Jesus chegou pelas costas de Mina, levou a melhor na jogada e só parou em falta cometida pelo goleiro, que resultou no gol de pênalti de Neymar, quase um ano depois de seu último gol pela seleção principal.

MINUTO 64
Neymar lateralizado, tem três opções de passe chegando na área com Marcelo, Coutinho e Paulinho criando mto espço, a tentativa de passe foi para o Coutinho entrando na área, jogada que se repetiu e quase resultou em gol. Na sobra, Marcelo quase marcou.

MINUTO 70
Gabriel Jesus demonstra muita visão de jogo e disposição, características do seu jogo, para ganhar do zagueiro e sofrer o pênalti.


As jogadas encaixaram, e com a colaboração de Paredes que foi expulso e deixou o Equador com um a menos, o Brasil chegou a mais dois gols com Gabriel Jesus premiando uma partida brilhante, marcando os dois gols, o primeiro após um troca de passes e lançamento de Marcelo na linha de fundo, e o segundo um golaço, com passe de Neymar da esquerda e Jesus fazendo giro rápido, com Paulinho passando na direta e chamando atenção da defesa.

MINUTO 86
Em mais uma troca de passes pela esquerda, Neymar recebe de Coutinho, mais uma vez lateralizado, e Marcelo sobre bem para receber e aproveitar o espaço vazio para receber a bola e cruzar, com Paulinho e Jesus dando opção na área. Na sequência, o primeiro gol do artilheiro palmeirense com a camisa da seleção.
MINUTO 90+1
Mais uma jogada de Neymar pela esquerda, agora o passe direto para Jesus, com Paulinho dando opção ao subir e aproveitar o espaço vazio, Jesus percebe o goleiro se adiantando para fechar o angulo de Paulinho e acerta um belo chute para o gol. Em uma situação de 3 contra 3, o Brasil sempre puxa dois jogadores para marcar um, deixando outro livre.

A estreia foi, sem dúvidas, melhor que o esperado, Tite fez o simples de maneira inteligente e o Brasil foi efetivo, matando um jogo complicado, a perspectiva contra a Colômbia é de um confronto mais fácil.


NOTAS:

BRASIL

Alisson: 6,5
Daniel Alves: 5,5
Marquinhos: 7,0
Miranda: 7,0
Marcelo: 7,0
Casemiro: 7,0
Paulinho: 6,5
Renato Augusto: 6,5
Willian: 6,0
Phillipe Coutinho: 7,0
Neymar: 7,5
Gabriel Jesus: 9,0

MELHOR JOGADOR: Gabriel Jesus

quarta-feira, 30 de março de 2016

Análise Tática - Paraguai 2 x 2 Brasil Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia 2018

Ficha Técnica




Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR
Data: 29 de março de 2016, terça-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán-COL
Assistentes: Alexander Guzmán Bonilla-COL e Cristian De la Cruz Achicanoy-COL
Cartões amarelos: Gómez, Samudio, Villar (Paraguai); Miranda (Brasil)

GOLS:
PARAGUAI: Lezcano, aos 40 minutos do primeiro tempo, e Benítez, aos três do segundo tempo
BRASIL: Ricardo Oliveira, aos 33 minutos do segundo tempo, e Daniel Alves, aos 46 do segundo tempo

PARAGUAI: Villar; Paulo da Silva, Gómez, Aguilar e Samudio; Ortiz (Santana), Ortigoza, González e Édgar Benítez; Lezcano (Iturbe) e Jorge Benítez (Roque Santa Cruz)
Técnico: Ramón Diaz

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Miranda, Gil e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Lucas Lima), Fernandinho (Hulk) e Renato Augusto; Willian, Douglas Costa e Ricardo Oliveira (Jonas)
Técnico: Dunga


Os times

Paraguai

Até 2010, é justo dizer que o Paraguai estava com uma boa seleção, não à toa dava trabalho ao bom time que o Brasil tinha na época e complicou a vida para a Espanha nas quartas da Copa de 2010, em que a seleção europeia se sagrou campeã, mesmo já sem seu craque Cabañas, e ainda contou com muita popularidade por conta da modelo Larissa Riquelme. Porém, atualmente essa não é mais a realidade paraguaia, os bons jogadores paraguaios como Roque Santa Cruz e o goleiro Villar envelheceram e a nova safra não tem tanto poderio técnico, resultado disso é a ausência paraguaia no Brasil em 2014 e a goleada de 6 a 1 sofrida para a Argentina nas semifinais da última Copa América no Chile, mesmo depois de ter eliminado o Brasil. Em resumo, a atual seleção paraguaia é fraca e tem muito a fazer se quiser ir para a Rússia em 2018.

Brasil

Os problemas dentro e fora de campo da seleção canarinho são incontestáveis, uma péssima preparação tática por parte do técnico Dunga e de uma sucessão de treinadores que não fizeram uma boa gestão, e muitas polêmicas dentro da CBF. O Brasil vem fazendo uma campanha irregular, que favorece mais pelos resultados que pelo futebol apresentado, é um time sem coesão alguma e quem vem sofrendo uma pressão enorme desde o vexame no Mineirão, e não convenceu ainda pelos resultados, está invicta em amistoso mas faz uma campanha fraca em jogos oficiais, sendo eliminada pelo próprio Paraguai na Copa América em 2015. Apesar de não ser a safra dos sonhos, o Brasil tem força técnica individual muito grande e isso é evidente no mercado mundial, com jogadores como Thiago Silva, Phillipe Coutinho, Douglas Costa, William, Neymar e outros se destacando em seus times.

A Tática



O Brasil entrou com um esquema um tanto quanto desorganizado, um 4-1-4-1, com Ricardo Oliveira no lugar do suspenso Neymar. Taticamente, a entrada de Ricardo Oliveira no lugar de Neymar tendeu a melhorar o jogo do Brasil, já que Dunga insiste em posicionar Neymar como centro-avante caindo para os dois lados, quando na verdade o craque do Barcelona joga aberto pela esquerda caindo para a direita, esse posicionamento modificado que tenta fazer com que Neymar seja o Jogador Alvo afeta muito o seu jogo, por isso Ricardo Oliveira é mais efetivo nessa posição, cumprindo a função de jogador isolado esperando a chance e aparecendo para o pivô.

Mais atrás, Willian e Douglas Costa ficaram nas suas posições já habituais, abertos pela direita e esquerda respectivamente, Willian encaixava algumas jogadas mas ambos não conseguiam produzir muito ao ataque, uma vez que o meio campo brasileiro não conseguia fazer a bola girar no campo de ataque, consequência de um péssimo jogo de Renato Augusto, Fernandinho e Luiz Gustavo, que comprometiam o meio campo da seleção técnica e taticamente, criando um buraco no meio campo, com isso o Brasil não conseguia trocar passes ou criar jogadas ao ataque e devolviam a bola para os paraguaios. Não é justo dizer que a seleção joga no contra-ataque, uma vez que quando tem a bola, o time não consegue criar iniciativa, portanto é indefinido taticamente.

As laterais comprometeram o jogo defensivo canarinho, Daniel Alves jogava avançado e afunilando o jogo, não conseguia acompanhar as investidas paraguaias ao ataque, criando uma área aberta e de fácil acesso ao ataque paraguaio, quase o mesmo pode se dizer de Filipe Luís, com a diferença que o lateral esquerdo ainda consegui cobrir uma parte maior do campo defensivamente, mas mesmo assim não conseguia frear nenhum ataque. A dupla de zaga foi a parte mais estável do Brasil depois de Ricardo Oliveira, mas mesmo assim tinha um plano de marcação muito raso, a marcação por zona era desorganizada e não funcionava, criando brechas para ataques paraguaios.

O Paraguai perdeu Jorge Benítez no início do jogo por lesão, dando lugar ao veterano e ídolo paraguaio Roque Santa Cruz. O ataque tinha Roque Santa Cruz e Lezcano, que voltavam bastante para cobrir o espaço na intermediária, já que o Paraguai jogava sem um meia ofensivo centralizado, González jogava bem aberto pela direita e Benítez pela esquerda, e com isso o Paraguai explorava e abusava da faixa lateral do campo, e usavam sua característica de jogo mais direto sem meia de criação e centro-avante fixo. Samudio, ex-cruzeiro, era o lateral esquerdo e avançava bastante, Paulo da Silva é zagueiro e estava improvisado como lateral direito, por isso subia menos e fazia uma linha de três com os zagueiros. Os meias eram Ortiz, que avançava bastante vindo de trás e Ortigoza. No ataque, Roque Santa Cruz flutuava e Lezcado vinha mais de trás.

O Jogo

O Brasil não conseguia trocar passes e manter a bola nos pés, e tinha uma grande dificuldade em sair jogando, Fernandinho perdia a bola com frequência e Luiz Gustavo cometia faltas desnecessárias. Os perigos começaram nos minutos 17 e 19, quando Alisson teve que fazer duas defesas defesas muito difíceis que salvaram o Brasil, resultados de lançamentos na área brasileira que a defesa canarinho se perdia na marcação, observe:

MINUTO 17
Aqui está destacado o posicionamento de Miranda, que está colado em Ortigoza.

No seguimento da jogada, Miranda já está muito longe de Ortigoza, e ainda está no chão enquanto Ortigoza já está no ar para cabecear a bola. Um erro de marcação individual primário. Como resultado, Alisson teve que fazer grande defesa e a bola tocou na trave.
MINUTO 19
Aqui é um erro coletivo, três brasileiros, sendo dois deles os zagueiros, subiram para a bola, sem se importar com a marcação.

Como resultado, o Brasil perde mais uma bola no ar, Gomez passa nas costas da defesa e fica livre na pequena área, forçando Alisson a realizar um milagre.
Esses lances evidenciam que o Brasil não estava preparado para enfrentar o Paraguai, que usa muito da jogada aérea. O Brasil ficou perdido na marcação das jogadas por cima, não só perdendo bolas no alto, mas deixando os paraguaios soltos embaixo. O Brasil ainda conseguiu chegar ao gol com uma boa jogada de William, Ricardo Oliveira recebeu e acertou o travessão, mas isso foi o máximo que fez no primeiro tempo. O resultado disso foi o primeiro gol paraguaio no minuto 40:

MINUTO 40
Daniel Alves permite um passe nas suas costas para Benítez, que mais uma vez explora a lateral aberta para levantar a bola na área. Miranda e Gil não sabem quem marcar, e acabam não marcando ninguém, enquanto Filipe Luís está na marcação de Roque Santa Cruz e Lezcado vem de trás. 
A bola é levantada, Roque Santa Cruz deixa ela passar para Lezcado que entrava livre na área marcar o gol, enquanto o primeiro volante Luiz Gustavo ainda chegava na área e o segundo volante Fernandinho estava muito longe, completamente fora da jogada. Pior ainda é que mesmo se Lezcado não chutasse ao gol, ele tinha Cruz e González soltos na área.
Mais uma falha defensiva do Brasil, e que resultou em mais um gol, a marcação era inexistente, parecia que o Brasil não sabia que adversário ia enfrentar antes de entrar em campo, os volantes não acompanhavam os contra-ataques. O Brasil ia de mal a pior, Dunga fez uma substituição que piorou a equipe, com a intenção de atacar mais ele sacou Fernandinho que estava muito mal no jogo, e colocou Hulk, um jogador que joga pela ponta, mas já haviam dois jogadores pela ponta, William e Douglas Costa. Dunga moveu Douglas Costa para o meio, piorando a situação do jogador do Bayern de Munique que tinha que jogar numa posição que não era natural a dele, e Hulk também estava mal posicionado, a substituição ideal seria a entrada de Lucas Lima, assim o Brasil teria criação no meio e Douglas Costa continuaria na sua posição. O 4-1-4-1 se manteve, mas a efetividade foi afetada. O resultado foi essa formação:


O segundo tempo começou como o primeiro tempo terminou, o Paraguai pressionava e o Brasil se atrapalhava, e logo no minuto 3 veio o segundo gol, e dessa vez pelo chão, mostrando que o Brasil estava mal em todos os sentidos defensivos:

MINUTO 3
Roque Santa Cruz passou por três defensores do Brasil facilmente e passou para Ortigoza que estava passeando sem nenhum marcação. Ao fundo, Daniel Alves marcava Benítez na entrada da área.

Ortigoza recebe o passe e tenta a enfiada para Benítez, que a princípio está bem marcado por Daniel Alves.

Daniel Alves falha na marcação e permite a antecipação de Benítez, que fica cara a cara com Alisson para marcar.
O Paraguai tinha uma vantagem evidente, porém cometeu um erro fatal: se fechou. O Brasil então começava a ter melhor oportunidade no ataque, lançando todos os jogadores para o campo de ataque e o Paraguai se fechava todo atrás sem ameaçar nem mesmo em contra-ataque. O Brasil tinha hesitação em investir, chegar dentro da área e chutar ao gol, mas com o tempo foi ficando evidente que era o Paraguai que estava com medo do Brasil. O primeiro gol veio no minuto 33 com Hulk sendo eficiente usando sua melhor arma, o chute à longa distancia, Villar deu rebote e Ricardo Oliveira aproveitou.

MINUTO 33
No momento da finalização de Hulk, Ricardo Oliveira se posiciona nas costas do zagueiro para aproveitar a sobra, uma movimentação clássica de camisa 9 que acredita em qualquer jogada, bem parecido com o gol de Ronaldo na final de 2002.
Após o gol, mais uma substituição ruim, enquanto Renato Augusto estava muito mal no jogo, Dunga saca Ricardo Oliveira, o melhor em campo pelo Brasil mesmo antes do gol e coloca Jonas. O Brasil segue pressionando e consegue chegar ao empate nos acréscimos com uma jogada de Willian que serviu Daniel Alves. A seleção canarinho quase chega a virada no fim do jogo, o Paraguai se escondeu depois do segundo gol e sofreu as consequências, com o Brasil mostrando raça e alguma qualidade técnica individual por parte dos jogadores, mesmo sem organização tática. O jogo foi muito ruim para o Brasil, que agora está na sexta colocação das Eliminatórias, o empate foi de bom tamanho frente ao pouco futebol apresentado.

NOTAS:

PARAGUAI

Villar: 6,0
Paulo da Silva: 6,0
Aguilar: 6,5
Gomez: 6,5
Samudio: 6,5
González: 6,5
Ortiz: 6,5
Ortigoza: 6,5
Benítez: 7,0
Lezcado: 7,0
Jorge Benítez: -
Roque Santa Cruz: 7,0
Santana: 6,0
Iturbe: 6,0

BRASIL

Alisson: 7,0
Daniel Alves: 6,5
Gil: 6,5
Miranda: 6,5
Filipe Luís: 6,0
Luiz Gustavo: 6,0
Fernandinho: 5,5
Renato Augusto: 5,5
Willian: 7,0
Douglas Costa: 6,5
Ricardo Oliveira: 7,5
Hulk: 6,5
Jonas: -
Lucas Lima: -

MELHOR JOGADOR: Ricardo Oliveira